O cabeamento estruturado é a técnica que compreende a disposição padronizada de conectores, cabos de fibra óptica e outros meios de transmissão para redes, sejam de telefonia ou informática, dentro de uma infraestrutura tecnológica. Esta disposição deverá servir ao tipo de layout e às aplicações necessárias da empresa em redes de servidores, estações de trabalho, telefonia, internet e impressoras.
Os cabos de rede que servem a estas aplicações devem ser organizados para obter melhor conectividade, transmissão de dados e flexibilidade de reestruturação. É o sistema de conexão da empresa, ligando servidores, telefones, computadores, impressoras, estações de trabalho, hubs, roteadores, etc.
A necessidade de melhor organização surgiu nos anos 80, quando as empresas que trabalhavam com redes de dados (como a IBM) criaram seus próprios sistemas para organização de cabos de rede. Mas, é na década de 90 que este tipo de projeto ganha mais importância e progride devido ao uso do cabo de par trançado. Nesta mesma época, as normas EIA/TIA e ISO vêm padronizar as implantações e procedimentos. Os avanços tecnológicos aceleraram e, com isto, a demanda das empresas pela organização das redes e conexões aumentou exponencialmente.
Fortaleceu-se assim, o conceito de Sistema de Cabeamento Estruturado, que veio como uma resposta a todo este avanço e necessidades. O objetivo é padronizar os cabeamentos em edifícios, sejam comerciais ou residenciais, e para todos os tipos de aplicações (desde complexas estações de microcomputadores, passando por relógios de ponto a um simples telefone).
Benefícios de uma boa organização
São muitas as vantagens em ter um sistema de cabeamento estruturado nas empresas. Na verdade, com tanto desenvolvimento tecnológico e demanda, trata-se de uma necessidade básica em TI na maioria das organizações.
1) Redução de custos: Ter um sistema de cabeamento estruturado evita falhas nos cabos, nas conexões, retrabalho e horas de manutenção desnecessárias. Este sistema também possui um longo ciclo de vida (em torno de 15 anos). Sendo assim, o investimento nesta estrutura é mais do que vantajoso também financeiramente.
2) Garantia de segurança da rede: Um planejamento de disposição dos cabos de rede e telefonia trará uma maior confiabilidade para as transmissões, reduzindo drasticamente o risco de congestionamento e outros problemas.
3) Necessidade de mudanças: Organizações passam por mudanças a todo momento. Um planejamento adequado antes de dispor estes cabos e estruturar os ambientes evitará muita perda de tempo e riscos de congestionamentos na rede ao realizar mudanças no layout dos ambientes, troca de máquinas ou reformas. Além disso, um sistema de cabeamento estruturado traz a capacidade de adequar os pontos a um crescimento populacional (um aumento de funcionários, por exemplo).
4) Vantagem competitiva no que diz respeito à tecnologia da informação: As empresas que garantem a fluidez de suas informações, neste sentido, estão mais fortes competitivamente. Uma rede corporativa ágil e moderna deve suportar a transmissão de muitos dados e aplicações como multimídias, voz e vídeos.
Cuidados ao se implantar o cabeamento estruturado
Um projeto de cabeamento estruturado deve ser um investimento cuidadosamente planejado. Trata-se de uma implementação complexa, que, para que a empresa não perca o investimento ou tenha necessidade de melhorias constantes, deve ser feita por prestadores de serviço competentes nesta área, com materiais de qualidade superior e profissionais especialistas.
A realização deste serviço deve compreender:
– A busca de soluções para os problemas atuais da empresa e possíveis demandas futuras;
– A disposição do cabeamento para o máximo nível de gerenciamento das estruturas;
– A flexibilidade na topologia física para facilitar mudanças e novas instalações;
– Verificação minuciosa de posicionamento, curvatura, comprimento e conectorização.
Entrando um pouco nas questões técnicas, a escolha errada dos cabos e a má implementação de um sistema de cabeamento estruturado podem levar a problemas sérios para a rede. Exemplos:
– Attenuation: perda de força de sinal através do cabo. Está relacionada à resistência do material de fabricação do cabeamento e à incidência de alta temperatura. Para que isto não ocorra, a instalação deve obedecer à atenuação máxima prevista;
– Next (Near – end crosstalk): sinal passando de um cabo para outro por causa da frequência eletromagnética. Ocorre de o sinal ser mais forte no início do cabo e perder força ao longo do comprimento. Este problema é o que ocorre geralmente quando fazemos uma ligação e as vozes ficam com volume baixo, por exemplo.
Tomando os devidos cuidados, a empresa ganhará enormes vantagens e obterá o retorno do investimento com a flexibilidade e capacidade de gerenciamento de sua infraestrutura tecnológica.
Lembremo-nos também das normas que regem os sistemas de cabeamento estruturado. Estas normas existem para padronizar as medidas de atenuação de sinal e materiais a serem utilizados na estrutura. Os cabeamentos brasileiros de alta qualidade devem estar sob o regimento da norma internacional EIA/TIA-568-B (norma ANSI/TIA/EIA-568-B[1] e a norma brasileira equivalente: NBR 14.565.
Estas normas requerem que o sistema de cabeamento estruturado possua os seguintes subsistemas:
– Entrada: trata-se da entrada do edifício (entrance facilities), que permite a ligação da rede local com as redes externas;
– Sala de Equipamentos (equipment room) ou o chamado CPD;
– Rede Primária ou Cabeamento Vertical (backbone cabling): o sistema de cabos que interligam os susbsistemas;
– Sala ou armário de Telecomunicações (telecommunications room): onde ficam os hubs, concentrators e bridges;
– Rede Secundária ou Cabeamento Horizontal (horizontal cabling): cabos que ligam o armário de Telecomunicações e os micros;
– Área de Trabalho (Work Area).
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